O dirigente de Israel denunciou facção extremista após operação que resultou na recuperação dos restos mortais de 6 cativos

De acordo com Netanyahu, Israel está “esforçando-se enormemente” para selar um pacto com a facção radical, com a qual está em conflito há quase 1 ano, mas o Hamas rejeita todas as ofertas

Direitos autorais Reprodução / X @IsraeliPM_heb – 31.jul.2024

O chefe do governo de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou neste domingo (1º.set.2024) que “quem assassina cativos não busca um acordo”. Ele proferiu essas palavras logo após as IDF (Forças de Defesa de Israel) divulgarem que haviam resgatado os restos mortais de 6 cativos na Faixa de Gaza.

Conforme Netanyahu, a nação vem empenhando-se “com afinco” para estabelecer um pacto com o agrupamento extremista, com quem se confronta há quase um ano, porém o Hamas se mantém recusando todas as propostas.

“Infelizmente, ao mesmo tempo, [o Hamas] executou 6 dos nossos cativos. Aquele que executa cativos não almeja um acordo”, expressou-se. “O Hamas persiste cometendo barbáries similares àquelas do dia 7 de outubro [de 2023, quando ocorreu o atentado que desencadeou o conflito vigente].

O líder israelense também mencionou que os esforços para resgatar os cativos “não cessam”.

Segundo Daniel Hagari, representante das IDF, os cativos foram capturados na alvorada de 7 de outubro pelo Hamas.

“Seus restos foram localizados durante um enfrentamento em Rafah em um esconderijo subterrâneo, cerca de um quilômetro distante do túnel pelo qual resgatamos Farhan Alkadi há alguns dias”, relatou Hagari.

Os resgatados são: Carmel Gat, Eden Yerushalmi, Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e o sargento Ori Danino.

Goldberg-Polin era detentor da nacionalidade dos Estados Unidos, além de ser israelense. O presidente americano, Joe Biden (Democrata), manifestou estar “exacerbada e gravemente comovido” com o falecimento do cativo. Leia o texto completo de seu pronunciamento, em inglês (PDF – 32 kB).

Uma das recusas mais recentes a um armistício aconteceu no último domingo (25.ago), quando Israel e o Hamas declinaram as condições para o trato. De acordo com a agência Reuters, o principal empecilho é a presença israelense no Corredor Filadélfia, que se encontra ao longo da fronteira meridional de Gaza com o Egito.

O Hamas concordou em julho com a sugestão dos EUA de dar início às conversações sobre a liberação dos cativos. A facção demanda que qualquer trato estabeleça uma pausa definitiva nos confrontos e uma evacuação completa dos israelenses de Gaza.

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