Paulo Gonet solicitou que a instituição finalize as apurações até 18 de abril e defende a manutenção do encarceramento do antigo responsável pela PRF

Ministro Alexandre de Moraes

Moraes (foto) desconsiderou o intervalo estipulado pela PGR para o término das indagações contra Silvinei Vasques

direito autoral Sérgio Lima/Poder360 – 15.mar.2024

Caio Vinícius

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), não observou o limite temporal solicitado pela PGR (Procuradoria Geral da República) para que a PF (Polícia Federal) conclua o inquérito do ex-dirigente da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques.

Paulo Gonet pronunciou-se contrariamente a um requerimento de liberação proposto pela defesa de Silvinei e estabeleceu um prazo de 15 dias para que a PF encerre as investigações. Posteriormente, no dia 5 de abril, como resposta ao órgão, Moraes decidiu pela continuidade da detenção do antigo diretor, porém não atendeu ao prazo provido pela PGR.

“Os atos atribuídos a Silvinei Vasques são de extrema gravidade e as provas apresentadas, além das novas diligências apontadas pela Polícia Federal como essenciais para o esclarecimento completo das infrações sob investigação, justificam a necessidade do aprisionamento preventivo” consta de um segmento da determinação de Moraes obtida pelo Direto da Redação de Oeste em Foco.

Moraes já havia recusado pedidos de libertação de Silvinei em ao menos outras duas ocasiões no decorrer de 2023. Na PF, de acordo com o que foi apurado por este portal de notícias, as diligências encontram-se nos estágios derradeiros, com a formalização de dois acordos de delação premiada no processo.

Silvinei Vasques encontra-se detido desde agosto de 2023, sob investigação por suposta manipulação durante o pleito eleitoral de 2022. Encarcerado por mais de 8 meses, é averiguado por blitzes conduzidas pela PRF em localidades nordestinas durante as eleições presidenciais de 2022 e por difundir mensagens em prol da candidatura de Jair Bolsonaro (PL) em plataformas digitais.

Em março, o MPF (Ministério Público Federal) encaminhou ao Judiciário Federal uma acusação formal contra Silvinei por desvio na aquisição de 15 automóveis blindados, apelidados de “caveirões”, da companhia Combat Armor, com sede nos EUA.

O Direto da Redação de Oeste em Foco fez contato com o Supremo Tribunal Federal para obter esclarecimentos acerca da decisão do ministro Alexandre de Moraes, porém não recebeu retorno até o momento desta publicação. O espaço permanece aberto para posicionamentos futuros.

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